A ECT também pode ser utilizada para:
- Transtorno Afetivo Bipolar (tanto na fase da depressão quanto na fase da mania)
- Esquizofrenia
- Catatonia
- Síndrome Neuroléptica Maligna
- Estados epilépticos
- Doença de Parkinson
Vale ressaltar que a ECT é uma terapia segura e recomendada para populações especiais - aqueles que são mais afetados pelos efeitos colaterais causados pelos medicamentos antidepressivos - como idosos, gestantes e mães em fase de amamentação. No entanto, crianças e adolescentes até 16 anos devem evitar o uso deste tratamento, salvo em condições excepcionais, de acordo com a resolução do CFM 1.640/2002.
Este é mesmo um procedimento seguro e eficaz?
A segurança e eficácia da ECT são comprovadas em diversos estudos. Em alguns casos, ela alcança índices de eficácia de até 90%. Além disso, este é um tratamento que geralmente apresenta resultados mais rápidos se comparado aos resultados obtidos pelo uso de medicamentos, e há relatos de melhora perceptível já após uma única sessão.
O número de sessões necessárias varia de acordo com o diagnóstico e a gravidade do caso, e os psiquiatras do INPI estarão sempre em contato com o psiquiatra assistente do paciente para obter os melhores resultados. Geralmente o recomendado varia entre duas a três sessões semanais. A ECT é realizada no Hemolabor, um ambiente hospitalar, com a presença de um psiquiatra da nossa equipe e um anestesista.
A seguir, um passo a passo de tudo o que acontece durante uma sessão.
Quer saber um pouco mais sobre a história da Eletroconvulsoterapia?
Desde o século XVI, Paracelsus, um famoso médico suíço, observou que crises convulsivas poderiam aliviar alguns sintomas mentais. Ao longo dos anos, o tratamento evoluiu e se tornou padronizado. Os médicos, que antes utilizavam substâncias extraídas de plantas ou até mesmo altas doses de cafeína para induzir as convulsões, passaram a contar com aparelhos capazes de emitir estímulos elétricos na frequência ideal para cada paciente. Essa evolução foi creditada aos italianos Ugo Cerletti e Lucio Bini no início do século XX e representou um marco no tratamento psiquiátrico.
Embora a ECT tenha sido estigmatizada e seu uso desencorajado em alguns momentos do século XX devido ao uso sem anestesésicos, pesquisas e estudos de respeitadas associações médicas, como a Associação Americana de Psiquiatria (APA) nos EUA e o Comitê Especial em ECT de Londres (Royal College of Psycihatrists Special Committee on ECT), comprovaram cientificamente a eficácia e segurança desse tratamento.